terça-feira, dezembro 23, 2014

EDITORIAL JORNAL DE CÁ, DEZEMBRO 2014

Estamos a menos de um mês da entrada de um novo ano. E se a data é, todos os anos, um momento importante para iniciarmos processos de mudança do que está mal nas nossas vidas, esta viragem de 2014 para 2015 afigura-se uma das mais decisivas das últimas décadas. Vivemos tempos em que o sentimento generalizado é que pouco importam as nossas decisões ou reflexões, porque tudo nas nossas vidas está regulado, controlado e sem margem de manobra para a nossa intervenção. De facto, o espaço do cidadão é cada vez mais o espaço dos partidos políticos e o espaço da política. As iniciativas de cidadania acabam inevitavelmente por cair na esfera partidária ou correm o risco de não ganhar dimensão. Mas do que a política trata é das nossas vidas, do nosso dia-a-dia e do futuro dos nossos filhos. Assim sendo, como é possível ficarmos alheados? Como é possível não participarmos nas decisões ou deixarmos nas mãos de terceiros o rumo que queremos dar ao nosso destino individual e coletivo. O ano que entra será de eleições para a Assembleia da Republica. Temos todos a obrigação de transformar este ato eleitoral num ato de cidadania com uma afluência massiva às urnas. Sob pena de definitivamente ficarmos sem voz para protestos ou desagrado das políticas que nos forem impostas. Também no Cartaxo, politicamente, o ano de 2015 marca uma mudança. Os dois maiores partidos entram no novo ano com lideranças acabadas de eleger e, embora a promessa seja de continuidade das políticas, a esperança é que se aproveite o momento para renovar discursos, cativar os cidadãos para a participação cívica e se procurem consensos capazes de dar resposta às reais necessidades do concelho. Este não é um ano bom para estratégias partidárias por ser imperativo encontrar soluções que devolvam aos munícipes a confiança e o orgulho de aqui viver e que os graves problemas que enfrentamos possam ser resolvidos interferindo o mínimo na qualidade de vida de todos nós. Em 2015 cá nos encontraremos. Vamos lá a ver o que vamos ser capazes, todos, de fazer com esta oportunidade de mudança que o calendário nos dá.

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