terça-feira, setembro 05, 2006

Quem seríamos sem amigos?

No regresso das férias entrei na fase a que chamei "das coincidências". Nem imaginam o que me tem acontecido de encontros de pessoas, coincidências, cruzamentos. Aos poucos vou contar-vos aqui este grupo de histórias, que me têm deixado abismado ultimamente, a pensar que lá "em cima", quem está encarregue de gerir esta brincadeira a que chamamos vida, me tirou na rifa e anda a rir-se que nem um doido à minha custa.
Mas o que vos quero deixar aqui hoje é um poema que uma amiga me passou. De repente, sem aviso, entrou uma mensagem. Era a Leonor, uma querida e encantadora amiga que em boa altura entrou na minha vida. Daquelas que chega e que sabemos logo que veio para ficar. O poema da Leonor foi escrito pelo Alexandre O'Neill, poeta maior e um dos meus preferidos, que costumo citar com frequência. Este poema não conhecia. Deixo-o aqui para todos os meus amigos. E até para os outros. Obrigado Leonor.

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso.
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar na nossa mão!
Amigo,
(recordam-se, vocês aí, escrupulosos detritos?)
amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
um trabalho sem fim,
um espaço útil,
um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já, uma grande festa!

5 Comentários:

Blogger  disse...

Nem mais!!! :P

12:56 da manhã  
Blogger Patrícia Sousa Cardoso disse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:07 da manhã  
Blogger Patrícia Sousa Cardoso disse...

Bonito poema de um grande Poeta!!

Ficamos à espera dos relatos das coincidencias.

12:09 da tarde  
Blogger moonlover disse...

É incrivelmente coincidente com o que eu sinto quando eu conheço certas pessoas, parece que nos conhecemos há muito tempo, existe logo uma empatia para a qual não encontro explicação!, este poema é simplesmente lindo, verdadeiro e arrepia ao ler.
bjs.

10:46 da tarde  
Blogger cavalo marinho com asas disse...

Por ti falo. E ninguem sabe. Mas eu digo meu irmão minha amêndoa meu amigo meu tropel de ternura minha casa meu jardim de carência minha asa.

Por ti morro e ninguem pensa. Mas eu sigo um caminho de nardos empestados uma intensa e terrífica ternura rodeado de cardos por todos os lados.

Meu perfume de tudo minha essência meu lume minha lava meu labéu. Como é possivel não chegar ao cume de tão lavado céu?

Ary dos Santos

12:16 da manhã  

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