Fazer amor
É tão bom quando os poetas dizem aquilo que queremos dizer. O que pensamos e sentimos. Até o que fazemos. Se calhar é mesmo para isso que servem os poetas. Leiam esta pérola escrita por Carlos Drummond de Andrade. O poema chama-se "Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo" e fala de um amor intenso. Fala de fazer amor... e faz. Faz amor com as palavras de forma magistral.
Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo
nem fazer explodir a madrugada nos teus olhos.
Eu quero apenas amar-te lentamente
como se todo o tempo fosse nosso
como se todo o tempo fosse pouco
como se nem sequer houvesse tempo.
Soltar os teus seios.
Despir as tuas ancas.
Apunhalar de amor o teu ventre
Não vou pôr-te flores de laranjeira no cabelo
nem fazer explodir a madrugada nos teus olhos.
Eu quero apenas amar-te lentamente
como se todo o tempo fosse nosso
como se todo o tempo fosse pouco
como se nem sequer houvesse tempo.
Soltar os teus seios.
Despir as tuas ancas.
Apunhalar de amor o teu ventre
6 Comentários:
Engraçado...no meu blog recomendei...é assim a vida! Ah pois tá claro !!!
Confesso que não conhecia...
Mas como é de esperar , Adorei!
Beijito.
oi ... passei por aqui e li este poema... encontrar alguem com kem se sinta algo tao profundo é dificil, porque nem sempre fazer amor implica uma entrega total e apaixonada da outra pessoa...
por x para nós o mundo pára, os problemas desaparecem e um sentimento gigantesco vem ao de cima sem tomarmos consciencia que é tudo uma pura ilusão pois a outra parte nao sente o que nos sentimos...
fazer amor ... e dificil perceber em que parte fazemos amor e nao apenas sexo ... com carinho.
mas sim, eu adorava poder sentir o que o poeta escreveu sentir que me entrego a alguem e que esse alguem se entrega de verdade a mim
mas o mundo ja nao e feito de sonhos. e mesmo quando dizemos amar ... nunca sabemos quando esse amor acaba
beijinhos
E como dizia Florbela Espanca...
Eu quero amar, amar perdidamente
Amar só por amar
Aqui, além
Mais este e aquele o outro e
toda a gente
Amar, amar e não amar ninguem!!
Olá, este poema (belíssimo!) não será antes do Joaquim Pessoa? É que tenho-o aqui como sendo o "XIII" dos Olhos de Isa... Livro magistral, sublime!, diga-se de passagem.
Cumprimentos!
Este poema não é de Drummond de Andrade é de Joaquim Pessoa;-) E é excelente
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial