terça-feira, fevereiro 07, 2006

Porto na Alma

Escrevi este poema há alguns anos, dentro de um táxi, entre os Aliados e a Boavista... Eram 4 da manhã e saiu-me isto de rajada. Nem me parece grande coisa mas também ando a escrever tanto disparate que mais lixo menos lixo ninguém se ofende nem estranha. Veio-me à memória depois deste óptimo fim de semana no Porto.

PORTO NA ALMA
E as árvores
dos Aliados
que têm pássaros
pela noite fora?
E aquela saudade
que nos aperta
à chegada
que só apetece
ir embora?
Mas o Porto
é mesmo assim.
Tão absorvente
que se entranha
na alma da gente
e faz esquecer
a tal saudade
que a gente diz
que sente.
E as pessoas
de olhar tão diferente,
rudes no falar
mas gentis no trato?
E os empregados de mesa
que nos dizem
“bom apetite”
quando nos servem
o prato?
E os becos,
as esquinas,
as calçadas sombrias,
as madrugadas frias,
os passeios na Foz,
o jantar na Ribeira,
e o orgulho na voz de quem diz: “aqui à beira”.

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