terça-feira, junho 20, 2006

Contagem decrescente






Está decidido - já estava mas agora ainda está mais- : vou fazer uma exposição no final de Setembro. O trabalho está pronto. Pintei mais de 70 "papéis" e ainda não parei. Quando abrandar o ritmo escolho 50 ou 60. Já tenho o espaço, a estrutura de apoio (maillings de convidados e clientes, patrocínios etc...) está a ser montada, e tudo indica que vou fazer da exposição, mais que uma mostra de trabalhos, um acontecimento, um momento que quem visitar não irá esquecer tão depressa. Vai haver música ao vivo, ballet, teatro de rua e tudo o mais que os amigos e a imaginação conseguirem enfiar naquelas duas ou três horas de inauguração. Claro que com estas decisões chega o pânico e a tensão que uma exposição sempre me traz.
Desta vez agravado com o facto de estar a congeminar com um grupo de amigos o lançamento de uma ideia que há alguns anos tenho tentado concretizar e que sempre falhou. Penso que desta vez estão reunidas as condições para fazermos as coisas certas. Para já vamos tentar romper com o lóbis que dominam o mercado português de arte. A ideia base é simples. Tão simples que até me está a assustar. Vamos fazer um lóbi. Assim sem mais. Se não estamos disponiveis para integrar (nem eles estão interessados diga-se em abono da verdade) um dos lóbis que por aí pululam, vamos fazer o nosso próprio lóbi. "Porque não?", foi a perguntar que fez despoletar isto tudo. Preparem-se para as surpresas. A contagem decrescente já começou.

terça-feira, junho 06, 2006

Voltei a pintar...


Pois é... calmamente voltei a pintar. Três anos sem expôr são mais que tempo para perceber o que quero fazer. Para já decidi pintar acrilico sobre papel. É uma experiência nova e estes são dois exemplos do meu trabalho novo. Lá para Setembro vou fazer uma grande exposição. Entre outras coisas, além do regresso à pintura e às exposições é uma boa forma de comemorar os meus 50 anos de idade e os 15 de pintura. Vou fazer uma centena de trabalhos. Já tenho 30... não falta tudo. Vejam lá se comentam.

segunda-feira, junho 05, 2006

A Salomé foi morar connosco

Tenho feito alguma pressão à vontade dos meus filhos de terem um animal de estimação. Já tivemos vários, deste a Kikas que a Patricia trouxe para a nossa vida e que nos foi roubada, até ao Basquiat, o Terra Nova que cresceu tanto que o tivemos de mandar para Quinta. Desde que estamos a viver em Lisboa que ter um cão está fora de questão. E o gato tem aquele problema de ter sempre a casa a cheirar a... gato. Agora lá me decidi. Aproveitei os anos da Laura e além de lhe fazer a vontade fiz-lhe uma surpresa. No domingo fui com ela ao Centro Comercial de Alvalade e lá chegados mandei-a ir à loja de animais perguntar pela Salomé. Ela ainda perguntou quem era a Salomé mas eu disse-lhe que fosse, que era um favor que me estava a fazer e que a menina da loja ia entender a pergunta. Ela lá foi. Fui atrás... balcão da loja... A Laura lá pergunta à menina onde estava a Salomé e, conforme combinado, foi-lhe entregue a gaiola com a ratinha hamster que teve o azar de me morder o dedo e levar-me a escolhê-la para ir viver lá para casa.Por isso agora temos mais uma companhia lá no nosso circo: a Salomé que além de já ter voado das mãos da filha de uma amiga para o chão e não ter rebentado por acaso, pouco mais faz que comer e dormir. Parece-me que a Salomé está feliz. Os miúdos também. Vamos lá a ver quanto tempo ela se aguenta.

A Minha Laura está uma adolescente

A minha filha Laura fez anos no domingo passado. Dia 4 de Junho. festinha da praxe tudo muito num circulo fechado que isto de fazer anos em dias de praia é sempre muito aborrecido e só os amigos mais próximos é que estão na disposição de estragar o fim de semana por causa dos anos de uma pirralha que não se lembrou de nascer num dia de chuva.
Como é hábito fiz-lhe um piquenique, ao ar livre, no parque do Inatel. Eu acho uma seca mas os miudos gostam sempre muito. A Laura adorou o dia de anos dela mas a partir do meu da tarde começou a atravessar uma crise que teve o seu culminar hoje de manhã.
Fui acordá-la e ela (influenciada pela Maria que é muito mais precoce), que há vários anos me pergunta se já é adolescente, levantou-se com o semblante carregado. "O que se passa filha?" quis eu saber. "Oh pai, tu já viste? Já tenho 11 anos" disse-me visivelmenrte preocupada. "Até já me ofereceram soutiens – uma ideia das irmãs mais velhas – tens noção do que é ter 11 anos?". Tenho sim minha filha. Tenho noção que estás cada vez mais a caminhar pelo teu próprio pé. Como sabes o ensinamento que o tio Fernando está sempre a repetir também serve para ti: "Não te preocupes que isto o que custa mais são os primeiros 40 anos". Goza os teus 11 anos, os teus soutiens e respira fundo que só te faltam 29 para passar o mais dificil.